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Cráton do São Francisco

Palestra apresentada na XV Semana da Geologia (IGC/UFGM) em novembro de 2021. O Cráton do São Francisco é, em termos geológicos, uma das porções mais antigas do territória brasileiro. Ao longo de bilhões de anos, recebeu coberturas de rochas sedimentares e vulcânicas que registraram a evolução da vida no nosso planeta.

Na palestra, diversos temas foram abordados, desde as bactérias fotossintetizantes do Pré-cambriano até o tigre-dente-de-sabre.


Leia um artigo sobre o tema
Efêmeras do Araripe

A equipe do LPM e colaboradores publicaram a descrição de uma nova espécie de inseto da Bacia do Araripe, batizada de Astraeoptera cretacica (inseto crepuscular do Cretáceo). A nova espécie pertence ao grupo das efêmeras - insetos cuja fase adulta vive, em geral, de dois a três dias, durante os quais se reproduz com voos nupciais sobre ou próximos de cursos d'água.

O artigo também traz um novo olhar sobre outras efêmeras da Bacia do Araripe, ajudando a entender melhor a biodiversidade do grupo no período Cretáceo.


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Cerrado no Pleistoceno

A equipe do LPM participou de um trabalho sobre uma nova localidade da flora de Catalão, Goiás, datada de aproximadamente 43.000 anos.

A região está no domínio do Cerrado, mas nas porções limítrofes com outro importante bioma brasileiro, a Mata Atlântica.

Um estudo detalhado das folhas fósseis, em conjunto com a análise dos minerais que compõem a rocha matriz e os grãos de pólen associados, demonstrou a existência de um clima quente e seco no período, adicionando informações paleoclimáticas que são pouco conhecidas para a região.


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Novo lagarto do Cretáceo

O LPM, junto com colegas dos EUA, Canadá e Brasil, descreveu a primeira espécie de lagarto do Cretáceo da Bacia Sanfranciscana (Minas Gerais), que é também a mais antiga da América do Sul.

A espécie pentence a uma família extinta (Paramacellodidae) e até então não registrada no país. Os resultados sugerem que os grupos de lagartos e serpentes do Cretáceo na América do Sul eram mais cosmopolitas, em contraste com o alto nível de endemismo da fauna atual.


Saiba mais
Tubarões fósseis

A equipe do LPM publicou recentemente um trabalho sobre restos microscópicos de peixes cartilaginosos da Formação Quiricó, Cretáceo Inferior da Bacia Sanfranciscana. Após um trabalho de triagem de sedimentos coletados no norte de Minas, foram reconhecidos diversos tipos de tubarões da ordem Hybodontiformes, um grupo relativamente comum durante a Era Mesozoica. Entre os achados, inclui-se a possível ocorrência de um gênero conhecido de outras bacias sedimentares do Brasil e África (?Tribodus).

Os resultados mostram que a diversidade de vertebrados da Bacia Sanfranciscana ainda está longe de ser totalmente conhecida.


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Conchostráceos da África

A grande maioria dos conchostráceos habita unicamente corpos de água doce. Seus ovos podem ser facilmente dispersos pelo vento ou carreados por algum animal. Recentemente, o LPM participou de uma pesquisa, com uma grande equipe internacional de cientistas, que fez um levantamento das ocorrências de conchostráceos fósseis da África. Os resultados sugerem diversos eventos de intercâmbio faunístico de conchostráceos desde o Devoniano até o Cretáceo, revelando uma complexa história biogeográfica que ainda precisa ser mais bem conhecida.


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Marcas de dentes de mamíferos em caverna (MG)

A equipe do LPM publicou um trabalho sobre a ocorrência de marcas de dentes de mamíferos em uma caverna de minério de ferro na região central de Minas Gerais. Os animais roíam a rocha provavelmente para uso do ferro como nutriente ou para desgaste controlado dos dentes.

Não foi possível determinar a idade das marcas, mas concluímos que esse tipo de estrutura deve ser levado em conta ao se avaliar a prioridade da caverna para conservação.


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Redescrição de Unaysaurus, dinossauro do Triássico do RS

Um novo estudo publicado com a colaboração do LPM confirmou que o importante dinossauro do triássico brasileiro Unaysaurus tolentinoi pertence ao grupo dos Sauropodomorpha.

No entanto, ainda restam incertezas quanto à reconstrução do parentesco desses animais, o que está provavelmente relacionado ao registro fóssil incompleto e à dificuldade de se detectar mudanças evolutivas em espécies com parentesco muito próximo.


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Um novo dinossauro do Triássico do Rio Grande do Sul

Um novo estudo publicado no periódico Journal of Vertebrate Paleontology, com participação do LPM, apresentou uma nova espécie de dinossauro brasileiro. O animal viveu no período Triássico, há aproximadamente 233 milhões de anos, onde hoje é o município de Santa Maria, no estado do Rio Grande do Sul.

O novo dinossauro, nomeado Nhandumirim waldsangae, foi encontrado no ano de 2012 na área urbana da cidade de Santa Maria. Apesar de incompleto, sua anatomia sugere que ele seja um dos mais antigos terópodes: dinossauros carnívoros que incluem espécies icônicas como Tyrannosaurus e Velociraptor.

Arte de Jorge Blanco (Argentina)


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Um novo (velho) conchostráceo do Cretáceo

Pesquisa coordenada pelo LPM reavaliou uma das espécies de conchostráceo do Cretáceo (cerca de 120 milhões de anos atrás) da Bacia Sanfranciscana, demonstrando que se trata de um gênero até então desconhecido da ciência.

Os conchostráceos são crustáceos típicos de ambientes aquáticos continentais trasitórios, com uma carapaça superficialmente parecida com a concha de alguns moluscos. Não só importantes como indicadores de paleoambiente, os conchostráceos também podem ajudar na datação relativa das rochas sedimentares.


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