Desde 2012, os pesquisadores do Laboratório de Paleontologia e Macroevolução da UFMG vêm percorrendo centenas de quilômetros na região norte de Minas Gerais à procura de fósseis.
Em um dos trabalhos de campo no município de João Pinheiro (noroeste do estado), em 2017, foi encontrado um minúsculo dente de tubarão ainda grudado na rocha matriz, datada do início do Período Cretáceo (mais ou menos 135 milhões de anos atrás).
Além de menor, o dente era diferente dos materiais de outros peixes cartilaginosos já conhecidos para a localidade. Para estudá-lo, era necessário retirá-lo da rocha. Isso foi feito mergulhando a amostra em uma solução de água oxigenada a 30%. Com isso, a rocha foi “pulverizada” e o fóssil liberado sem qualquer dano. Aplicando esse método a dezenas de amostras, foi descoberta uma grande variedade de pequenos restos de tubarões, que podem pertencer a diferentes espécies.